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terça-feira, 5 de abril de 2011

Médico diz que impacto não deu chance a Sondermann


Piloto teve lesões cerebrais irreversíveis após acidente em Interlagos - Neurocirurgião do Hospital São Luiz e responsável pelo atendimento a Gustavo Sondermann, Jorge Pagura disse, em entrevista coletiva na noite desta segunda-feira, que a força do trauma recebido pelo piloto no acidente de domingo, em Interlagos, não deu chance de salvação. Sondermann teve lesões cerebrais irreversíveis e foi mantido vivo nesta segunda-feira para que seus órgãos fossem doados. Pagura fez questão de salientar que o atendimento realizado ainda na pista foi bem executado e que não teve influência no quadro de morte cerebral constatado no domingo e ratificado nesta segunda. - O que pesou muito foi o impacto, a movimentação brusca da cabeça e o mecanismo de desaceleração que o fizeram evoluir dessa forma. Não havia um quadro em que pudéssemos dizer que se tivesse chegado mais cedo, pudesse ser feito algo. Ele estava ventilado, com a condição circulatória corrigida. Isso foi feito e pelos dados que temos, com muita competência. A intensidade do trauma foi o fator fundamental - destacou. Sempre afirmando que não havia nada a ser feito para salvar Gustavo, Pagura disse que a movimentação brusca e o trauma da batida romperam as ligações que iam ao cérebro do paciente, e que a força do impacto foi grande a ponto de o Hans (colar que passa pelo pescoço e é preso ao capacete) não pudesse evitar o pior: - Provavelmente o trauma foi no tronco cervical. O tronco do cérebro é uma estrutura responsável por todas as fibras que levam a sensibilidade, e pelas funções vegetativas, como batimentos cardíacos e movimentos respiratórios. O movimento da cabeça é brusco e o cérebro vai e volta. Isso dá num edema cerebral brutal. No acidente, Sondermann se tocou com Tiago Geronimi, bateu no muro externo da Curva do Café, voltou para a pista e foi acertado em cheio pelo carro de Pedro Boesel, que quebrou a clavícula direita e segue internado no Hospital São Luiz.

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