Levantamento compara dados divulgados pelo governo nos últimos 3 anos com
números atualizados das cidades-sedes: soma chega a R$ 7,1 bilhões
Em janeiro de 2010, o governo federal e representantes das 12 sedes da Copa
do Mundo de 2014 deram o primeiro passo efetivo no planejamento para a
realização do torneio com a assinatura da Matriz de Responsabilidades - um
documento com a previsão de projetos prioritários, entre eles, a construção ou
reforma dos estádios. Cada cidade apresentou seu plano, com estimativas de
custos e prazos para conclusão das obras. Entre janeiro de 2011 e dezembro de
2012, o governo publicou ainda quatro balanços com atualizações. Pouco mais de
três anos depois dos primeiros números, o GLOBOESPORTE.COM fez um levantamento
comparativo para checar quais arenas tiveram os planos e prazos cumpridos.
Na Matriz de Responsabilidades da Copa em 2010, a previsão era de que os 12
estádios construídos ou reformados para 2014 custariam, ao todo, aproximadamente
R$ 5,4 bilhões. Essa estimativa se mostrou incorreta: os custos estão 30% mais
caros - chegando a R$ 7,1 bilhões, segundo estimativas de abril, passadas pelas
próprias cidades-sedes. O secretário executivo do Ministério dos Esportes (e
representante do governo federal no Comitê Organizador da Copa - COL), Luis
Fernandes (foto), não considerou a diferença preocupante.
- Sinceramente, não acho que seja um aumento muito significativo. Quando a
primeira versão da Matriz foi elaborada, nem todos os projetos estavam
completos. Foi lançada uma estimativa dos custos antes da consolidação dos
projetos. Um exemplo é o caso de São Paulo, onde estava prevista em 2010 a
reforma do Morumbi, e depois o projeto mudou para a construção de um novo
estádio. Evidentemente, o custo subiu. A Copa do Mundo é uma oportunidade para
grandes investimentos na infraestrutura do país, inclusive em equipamentos
esportivos, como é o caso dos estádios, que ficarão como um importante legado -
disse.
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