Visitantes

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

São Bernardo e São Caetano sobrevivem para revelar talentos

Os dois times do ABC continuam no cenário nacional a têm participação assegurada na próxima Superliga
Agosto de 2009. Através de um comunicado distribuído à imprensa, o banco Santander anuncia o redirecionamento de seus patrocínios no ano seguinte, dando prioridade à Fórmula 1 e ao futebol. Era o fim do investimento no voleibol, iniciado 25 anos antes pelo Banespa, projeto no qual foram revelados nomes como Ricardinho, Tande, Rodrigão, Marcelo Negrão, Gustavo e Giovane, rendendo quatro títulos nacionais.
Abril de 2010. Dezenove dias após a derrota para o Unilever na terceira partida de uma das semifinais da Superliga feminina de vôlei, a empresa de produtos farmacêuticos Blausiegel divulga a decisão de não apoiar mais a equipe de São Caetano, que dois anos antes havia repatriado as campeãs olímpicas Fofão, Mari e Sheilla. Outro projeto tradicional do vôlei brasileiro estava ameaçado.
Principais estrelas da equipe baseada em São Bernardo, o levantador Marlon e o líbero Serginho se realocaram facilmente no mercado, assim como as selecionáveis Mari e Sheilla e a consagrada Fofão. Mas o que aconteceu com os times? Eles ainda continuam na ativa? Podem sonhar com títulos na próxima temporada? Mais de quatro meses após o fim da principal competição entre clubes no país, a Gazeta Esportiva.Net foi atrás destas respostas.
Ao contrário do que previam as previsões mais apocalípticas, os dois times do ABC continuam no cenário nacional a têm participação assegurada na próxima Superliga. O investimento, porém, é bem menor e a presença de medalhões é impensável. A meta em tempos de dificuldade é tentar incomodar os grandes e, assim, voltar a chamar atenção, de forma que os patrocinadores também retornem.
Em tempos em que alguns dos grandes nomes estão com a seleção brasileira se preparando para o Campeonato Mundial, São Caetano e São Bernardo têm conseguido bons resultados: enquanto as meninas conquistaram o vice-campeonato da Copa São Paulo, torneio preparatório para o Campeonato Paulista, os homens já provocaram surpresas no Estadual, derrubando favoritos como o Sesi e o Vôlei Futuro.
É bem verdade que a ausências de nomes como Murilo, Sidão, Lucão, Leandro Vissotto, Thaísa, Jaqueline, Natália e Sassá neste início de temporada de clubes tornam tais missões menos complexas, mas não se pode tirar o mérito dos "remanescentes". São Caetano, por exemplo, só perdeu a Copa São Paulo após um apertado duelo, só encerrado no tie-break, contra o campeão brasileiro Sollys/Osasco, que tinha a campeã olímpica Carol Albuquerque em quadra - dias depois, venceu o mesmo time no Campeonato Paulista, com direito a 25/08 em um dos sets. O badalado levantador Ricardinho, por sua vez, vestia a camisa do Vôlei Futuro, quando a equipe tomou um show de bloqueios em casa e foi derrotada por 3 a 0 para São Bernardo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário