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quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cielo defende treinos no Brasil, mas pede melhorias na estrutura

Cielo foi o maior vencedor brasileiro no Mundial, com quatro medalhas conquistadas
César Cielo chegou a um patamar jamais alcançado por qualquer outro nadador no planeta ao unificar os títulos mundiais dos 50 e 100m livre, em piscina curta e olímpica. Treinando nos Estados Unidos desde 2007, o nadador viveu essas conquistas sob uma perspectiva diferente, já que nadou pelo Flamengo nos últimos seis meses. Para ele, os resultados obtidos em Dubai comprovam que o país é capaz de criar atletas de ponta.
"Aqui no Brasil a gente está melhor do que lá fora. Estamos conseguindo ganhar medalha nadando aqui, como aconteceu com os caras do Pinheiros. O nível técnico está muito alto. Você tem a oportunidade de nadar com o (Felipe) França, que é o melhor do mundo no peito. Também é bom pro Marcelo (Chierighini) e pro Nicolas (Oliveira), que podem treinar comigo", afirmou.
O campeão olímpico dos 50m ainda destacou que o material humano no Brasil é um dos melhores do mundo. "Não está faltando nada na parte técnica. Temos os melhores analistas de prova, tem gente que nos dá todas as informações necessárias para crescer. Você vê o Felipe voltando com três medalhas, o Kaio Márcio também. Tudo isso treinando aqui", declarou.
Cielo, porém, criticou ainda a falta de estrutura no território nacional, há apenas cinco anos e meio do início dos Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.
"Hoje a questão estrutural é muito ruim. Temos dois complexos bons, que são o Julio Delamare e o Maria Lenk, então temos que utilizá-los mais. Não dá pra exigir resultado do atleta se a piscina parece um tanque. Além disso, estamos há cinco, seis anos do início da Olimpíada e o Brasil, sétimo colocado no Mundial, não tem uma piscina coberta e aquecida. É um pouco vergonhoso", finalizou.

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