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quarta-feira, 10 de abril de 2013

Para Marin, quem o ataca tem 'mente doentia' e 'não pode impunemente me caluniar ou difamar'

José Maria Marin voltou a se pronunciar sobre os discursos feitos à época da ditadura militar
Em artigo publicado no jornal Folha de S.Paulo desta quarta-feira, o presidente da CBF e do COL-2014, José Maria Marin, atacou as “mentes doentias e perversas” que o criticam por causa de seus discursos à época como deputado estadual, nos anos 1970, que insinuam uma suposta ligação com a morte do jornalista Vladimir Herzog, em 25 de outubro de 1975, durante a ditadura militar.
Em 9 de outubro de 1975, o dirigente fez um adendo a um discurso de Wadih Welu no qual pede uma “atenção especial não só desta Casa, mas principalmente, por parte do sr. secretário de Estado da Cultura (José Mindlin) e por parte do sr. governador do Estado (Paulo Egydio)” à TV Cultura, que tinha como diretor de jornalismo no período Vladimir Herzog. Em 24 do mesmo mês, o jornalista foi detido pelo DOI-CODI por sua ligação com o PCB; no dia seguinte, foi assassinado.
“Pedi providências (...) para esclarecer o sucateamento que ocorria em uma das poucas emissoras em que, à época, havia programas voltados à boa informação educacional e cultural para o povo paulista. Nada mais. Nesse aparte não pronunciei o nome de ninguém e me limitei apenas ao que a mídia comentava”, afirmou Marin no artigo desta quarta.
“Os lamentáveis fatos que aconteceram depois nada têm a ver comigo, como insistem alguns. Só mentes doentias e perversas, ou cegas pela paixão, podem ver nessa simples recomendação qualquer acusação nesse ou naquele sentido”, completou.
José Maria Marin cita seu passado como governador e presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF), admite ter sido filiado à ARENA (partido de situação na época da ditadura militar) “tanto quanto muitos outros políticos que hoje apoiam o governo federal” e ameaçou: “Quem faz de conta ignorar a história do Brasil não pode impunemente me caluniar ou difamar.
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