Pelé chegou a ser cortado por contusão e só viajou por insistência de Paulo Machado de Carvalho
Morto dois anos antes, Jules Rimet, pai da Copa do Mundo, não pôde ver em 1958 o Brasil levantar pela primeira vez a taça e a explosão daquele que seria o atleta do século. Com apenas 17 anos, Pelé comandou o time canarinho na conquista do título na Suécia, que começou a enterrar o complexo de vira-lata do País. Vindo do traumático vice em casa em 1950 e de uma péssima campanha no Mundial de 54, o Brasil não era apontado entre os favoritos antes de a bola rolar nos gramados escandinavos.Pelé quase não foi para a Copa. Contundiu-se num amistoso contra o Corinthians, chegou a ser cortado pelo departamento médico e só viajou por insistência de Paulo Machado de Carvalho, chefe da delegação brasileira. Com o camisa dez no banco, a equipe de Vicente Feola estreou na Suécia com vitória por 3 a 0 sobre a Áustria e ficou no empate sem gols (o primeiro da história dos Mundiais) com a Inglaterra. Pelé recebeu uma chance no último jogo da primeira fase, contra a URSS, mas quem brilhou foi Vavá, que, com dois gols, garantiu a seleção na fase seguinte.
O show do futuro Rei do Futebol estava guardado para a reta final: marcou um gol nas quartas de final contra País de Gales, três na semi diante da França e mais dois na grande decisão com os anfitriões suecos, vencida por 5 x 2.
A artilharia, porém, ficou com o francês Just Fontaine, que fez 13 tentos e ainda é o maior goleador de uma única edição da Copa. O Mundial-1958 ainda foi o primeiro com cobertura televisiva internacional e reuniu 55 países em sua Eliminatória, recorde da época (potências como Itália e Uruguai não se classificaram).
Países participantes: Alemanha, Argentina, Áustria, Brasil, Escócia, França, Hungria, Inglaterra, Irlanda do Norte, Iugoslávia, México, País de Gales, Paraguai, Suécia, Tchecoslováquia e URSS.
Fonte: http://gazetaesportiva.net/
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