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terça-feira, 26 de outubro de 2010

Mudança de cidade cria "guerra" entre jogadores e torcedores no Guaratinguetá

Entre provocações e vaias, a história de amor de uma cidade por seu clube que vai embora
O estádio vazio fez o eco dos gritos no vestiário do time mandante ser ouvido por todos na arquibancada. “Ai, ai, ai, ta chegando a hora, o dia já vem, raiando meu bem, e eu tenho que ir embora”, cantaram os jogadores do Guaratinguetá Futebol Ltda. Trinta segundos depois eles entraram em campo para enfrentar o São Caetano, pela Série B do Brasileiro, vaiados pelos pouco mais de 300 torcedores que se aventuraram, numa sexta-feira à noite, a ver o jogo do clube que passaram a odiar.
O canto dos atletas antes de subir ao gramado foi um desabafo porque sabiam que nos 90 minutos seguintes seriam xingados pela própria torcida. A “guerra” começou pelo anúncio, no início de outubro, da mudança de cidade do clube empresa. Oficialmente em busca de melhor infraestrutura e dinheiro para manter o time, a empresa Sony Sports, dona do Guaratinguetá, decidiu deixar a sede atual, na cidade de 113 mil habitantes a 180 km de São Paulo, e migrar para Americana, distante 230 km. A decisão revoltou a população de Guará.
“Eu acompanho o Guará desde o primeiro jogo aqui, em 2000. Você aprende a gostar de um time e, de repente, acaba tudo. Eles vão embora e deixam todo mundo na mão”, disse Felipe Augusto Rossafa, um dos 326 que torceram pelo São Caetano no empate por 0 a 0 acompanhado pelo iG no estádio Dario Rodrigues Leite.
Fonte: http://esporte.igic.om.br/

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